7 de abril de 2004

Eu, o roteirista
Como alguns já sabem, por algum período da minha vida eu achava que seria desenhista. E, claro, qualquer moleque que se preza e que dá seus rabiscos por aí acredita que trabalhará com histórias em quadrinhos. Passei os últimos seis anos sem desenhar quase nada. Este auto-exílio teve um preço grave: sem prática, não evoluí. Embora perceba que sou capaz de um traço muito mais consistente hoje, minhas mãos não o executam porque nem elas, nem meu cérebro e olhos foram treinados.
Como voltei a estudar desenho de maneira, digamos, formal, resolvi encarar o desafio de finalmente desenhar o corpo humano como se deve, mas este não é o assunto em questão. O fato é que neste retorno, acabei descobrindo a Central de Quadrinhos e seu fórum, habitado por um ótimo pessoal, desde iniciantes a retornantes e veteranos, todo mundo disposto a ajudar e trocar idéias e experiências. Pois bem, nestes seis anos parado, dediquei-me a escrever e estudei o trabalho de roteirista. Da fórmula hollywoodiana de Syd Field ao brasileiro Doc Comparato e leitura de muitos roteiros. E foi como (aspirante a) roteirista que acabei dando minha primeira contribuição efetiva no fórum, que havia lançado o desafio de se produzir uma história em quadrinhos. Formaram-se as equipes e os temas foram propostos: “Vida Urbana” ou “Sangue de Pirata”.
A Silvana, uma excelente colorista e desenhista, e o Artur, também excelente desenhista, já tinham uma boa idéia da história que queriam desenvolver, mas faltavam os diálogos e o final. Foi onde eu entrei. Confesso que demorei muito para achar um desfecho adequado a história e minha preguiça para com histórias de piratas não ajudou em nada, mas acredito que tenha obtido um bom resultado.
O projeto todo pode ser conferido aqui, eu postei o roteiro um pouco “abaixo”. Ah, meu apelido no fórum é JetBlack – para quem não sabe, o nome do personagem de um dos melhores desenhos animados japoneses que já vi, Cowboy Bebop.

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