3 de dezembro de 2005

Recado aos sociólogos de quinta categoria

Senhores pesquisadores da violência brasileira, aprendam de vez a lição dada pelos traficantes cariocas: Bandido mata povo também. Não é só a fatia corrompida da polícia e as balas que não encontraram um corpo fresquinho para se alojarem que fazem isso. Eles passarão por cima de qualquer um, tomarão todo o espaço da sociedade se necessário for, farão desta terra seu campo de batalha, tribunal e cadeira elétrica - não, eles não fazem prisioneiros.
Ou o Estado recupera o espaço perdido com o uso da força (sim, incluindo as Forças Armadas) e posterior "desfavelização", ou em breve a população das favelas e vilas das grandes cidades sofrerá um genocídio "privado". A propósito, dizem todos que o exército não pode fazer função de polícia; papel este que faz no Haiti, onde o fracassado governo atual sonhou plantar seu ingresso para uma cadeira fixa (para quê, meu Deus?) no Conselho de Segurança da ONU.
O mesmo estado que é absolutamente incapaz de cumprir sua função de zelo pela segurança do cidadão comum, aquele que tem que voltar para casa toda noite sem saber se vai flambar no meio de uma guerra de traficantes.