16 de janeiro de 2005

Personagens a procura de um roteiro
Sim, eu estudo roteiros por conta própria. Ser roteirista deve ser ótimo - se o filme for uma droga, culpam o diretor, os atores, o assistente de iluminação de externas; raramente lembram que a principal razão para qualquer filme ser a porcaria que é está nas páginas que o roteirista cometeu. A não ser os críticos de cinema, é claro, mas quem os lê além dos aspirantes a roteirista?
E um dia vou participar daquele concurso do atual Ministério da Cultura cuja primeira edição pretendia "incentivar a formação de novos profissionais de roteiro" e que fizessem trabalhos que promovessem os "valores da cultura brasileira". Estou pouco me lixando para a "promoção de valores da cultura brasileira", seja lá o que isso for. Meu negócio é a universalidade, palavrinha metida que a genialidade dos nossos intelectuais equivalem a elitismo de burguesinho. Bom, de qualquer forma, acredito que eu não poderia mesmo concorrer com estes novíssimos nomes vencedores do primeiro concurso: Jorge Furtado, André Klotzel, Djalma Limongi Batista e um
professor de roteiro da USP.
É digno de um filme, não?

Nenhum comentário: