5 de novembro de 2003

Matrix Revolutions - Primeiras impressões
Acabo de vir do cinema. Estréia é aquela deliciosa bagunça, e no caso de Matrix, uma mistura de tribos difícil de se ver em outros filmes. Havia engravatados, mauricinhos, punks, nerds e um monte de outras definições que parecem ter vindo do diário de um adolescente.
Enfim, Revolutions. É bem superior ao Reloaded, mas obviamente inferior ao primeiro. Não é preciso ser gênio para saber que o "ineditismo" da primeira produção da trilogia garante seu charme, e que os dois outros capítulos se contentam em "fechar", "amarrar" a história. Não há surpresas em Revolutions, o que significa um final digno, honesto, sem decepções e sem reviravoltas. Poderia ser diferente? Talvez. Mas, com tantos boatos e opções pipocando entre os fãs (incluindo a mais famosa, de que tudo o que vimos poderia ser outra simulação da Matrix), simplesmente encerrar a história de forma satisfatória é mais do que a maioria do público pediu.
Sim, dei-me por satisfeito, embora tenha ficado um gostinho de "quero mais". As cenas de ação continuam impactantes e os diretores se esforçam em criar seqüências que lembram o primeiro filme - o duelo entre os guardiães das armas e Neo, Trinity e Seraph é nitidamente uma auto-citação a antológica cena da invasão do prédio, por exemplo - o que acaba agradando a fãs. Preciso mesmo dizer que Hugo Weaving está excelente (que novidade...) como Smith? A batalha no mundo real é dramática e parece incrivelmente real, se me perdoam o trocadinho besta - além de extremamente bem-sucedida, se considerarmos a possibilidade que havia nela de ser uma exibição tola de excelência técnica.
Algo contra? Os diálogos desajeitados entre os casais apaixonados não combinam com a ação, e alguns clichês de filmes de guerra um tanto irritantes.
Sim, foram duas horas divertidas, tensas e bem gastas. Um final digno. Ainda bem!
No final da semana, artigo no Anacrônicas.com sobre toda a trilogia.

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