19 de setembro de 2003

Ainda estou para entender...
...esta invencionice do governo federal de desconto em folha dos empréstimos feitos em bancos pelos trabalhadores. Tivéssemos no Brasil organizações dos direitos civis (ou temos?) atuantes, uma asneira destas não passaria de uma viagem na maionese do líder da maior central sindical do país, pai da idéia.
Primeiro, porque assim estamos anulando o direito do indivíduo de gerenciar como bem entender o seu relacionamento com o banco. Ora, quem decide quais contas pagar sou eu, não o meu patrão, muito menos o banco onde está o meu mirrado salário. Se eu decido comprar pão, leite, uma tampinha premiada de Coca-Cola de 1953, cachaça ou pagar o emprétismo sou eu! Sinto muito lhes informar, mas esta é uma intromissão estatal e, digamos, banqueira, na minha vida.
Segundo, porque o trabalhador passa a empenhar o seu salário como garantia de empréstimo. Ora, senhores, se como já disseram FHC e Lula, quem corre para pagar conta em dia é o pobre, por que então a desconfiança na sua capaciddae de honrar seus compromissos? Por que então não se defende o desconto dos empréstimos corporativos nas receitas declaradas das empresas também?
O presidente já disse que o salário é o que há de mais sagrado para um trabalhador. Pode ser, desde que ele tenha a garantia da liberdade de usar o seu dinheiro para o que bem entender, afinal, ele já paga quase cinco meses de impostos ao Estado brasileiro...
Bola fora.

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