28 de outubro de 2004

Sons do início do milênio


Nada é mais vulgar, bobo e brega do que comentar no seu blog os presentes de aniversário que você recebeu. E é exatamente o que farei agora. Minha namorada me presenteou com o último álbum da maluquete-esquimó-pop-alternativa Björk(a foto ao lado é dela), Medúla.
Certamente, ela (minha namorada) está se perguntando o que eu (ou)vi nesta bagunça de sons aparentemente desconexos e quase livres de instrumentos que não a voz dela (da Björk) e de outros. Também não entendi muito bem a proposta da hobbit esquimó logo de cara, mas não conseguia também tirar as músicas da cabeça logo depois de ouvir Medúla pela primeira vez.
São canções melancólicas, que alternam silêncios preenchidos apenas pela voz frágil e levemente desesperada da cantora com explosões de sons que duram pouco. Quando ela parece declamar a música, você acha que ela está cantando e vice-versa. É belo e um tanto aterrorizante, quase uma ópera pop de tons religiosos escrita por um ateu, se é que deu para entender onde quis chegar. Claro que não, e na verdade, eu não queria explicar nada mesmo senão minha carreira de crítico estará perdida para sempre.
Sim, eu sempre gostei de Björk e sua capacidade de fazer coisas estranhas, belas e cruéis. E, convenhamos, a capa deste álbum é belíssima.

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