20 de setembro de 2004

Porque Michael Moore é apenas mais um idiota
Michael Moore é o mais evidente porta-voz dos opositores do presidente norte-americano George W.Bush e sua notoriedade nunca foi tão grande quanto agora, em que filia seu nome ao de John Kerry e acaba de ganhar a Palma de Ouro em Cannes. Antes de mais nada, repito o óbvio: Fahrenheit 9/11 não é documentário, é um panfleto político. Pior que isso: um panfleto ruim. Moore abusa de sentimentalismos e manipulações que parecem saídos dos porões da própria Washington que critica.

A filósofa, estudiosa e crítica de cinema francesa Laurence Hansen-Love qualifica o presidente Bush de “abominável”, mas nem por isso comunga do cinema-denúncia de Moore. Sua indignação com a premiação máxima do celebrado festival internacional francês a Fahrenheit 9/11 vai além do simples gosto pessoal. A pensadora acusa Moore de praticar a “arte do amálgama” num grau inédito, abusando de simplificações, atalhos, emoções fáceis e caricaturas para comprovar suas teses. “Michael Moore não nos fornece explicações convincentes ou elementos para tornar as coisas inteligíveis; ao contrário, seu propósito é uma confusão total. Ele nos faz rir, diverte, mas não colabora para que as pessoas reflitam e assumam suas responsabilidades. Ele degrada e despreza a política, e isso não nos faz avançar”, disse à Primeira Leitura.

Este é o trecho que destaquei do artigo Moore, o império do espetáculo contra-ataca, publicado pela revista e que você pode ler na íntegra clicando aqui.

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